#Resenha de Livro: Reescrevendo Sonhos
Bom, eu pretendia ler e resenhar Reescrevendo Sonhos no mesmo fim de semana, mas acontece que eu estou cada vez mais preguiƧosa na hora de escrever resenhas ~Ɠ, tristeza!~ Mas aqui estƔ, finalmente.
Sou dessas que acreditam no destino. O que Ć© pra ser serĆ”. E acredito muito que a vida nos apresenta pessoas com o intuito de nos fazer crescer. Digo isso, porque a Marcia Dantas, a autora de Reescrevendo Sonhos, Ć© uma dessas pessoas que a vida me trouxe. Felizmente, ela Ć© uma pessoa e uma escritora que se desafia, sai da sua zona de conforto, e Ć© por isso que somos muito parecidas. A Marcia luta pela causa LGBT e pela Representatividade de uma maneira tĆ£o incrĆvel que se tornou uma das minhas inspiraƧƵes. Eu realmente nunca vi alguĆ©m tĆ£o engajado com relação a esses temas e só posso dizer que tenho orgulho e admiração pelo trabalho dela.
TĆtulo: Reescrevendo Sonhos
Autora: Marcia Dantas
Editora: Novo Romance
PƔginas: 213
Ano: 2015
★★★★★
Antes de tudo, devo dizer que esse não é o primeiro romance que leio cuja temÔtica envolve um casal homoafetivo. O primeiro foi Todos nós amÔvamos caubóis, da Carol Bensimon (que, relendo a resenha agora, percebo que eu negligenciei demais a ênfase à homoafetividade :/) - nem vou computar todas as fanfics femmeslash/yaoi que jÔ li na vida, nem as poucas slash/yuri. Mas, enfim. O caso é que, quando fiquei sabendo de Reescrevendo Sonhos, eu não sabia sobre a temÔtica e quis lê-lo pelo fato de a personagem principal ser escritora. Apenas quando eu e a Marcia começamos a conversar é que entendi que as personagens seriam um casal. E isso apenas serviu pra eu querer ainda mais ler o livro.
A história gira em torno de Luciana, uma escritora que jĆ” estĆ” no mercado hĆ” algum tempo, mas que, nos Ćŗltimos meses, tem se encontrado em uma crise de bloqueio criativo. Logo nas primeiras pĆ”ginas, a identificação com ela foi imediata, pois a narração sobre suas noites em claro e os rompantes de inspiração me chamaram a atenção, especialmente por serem muito verĆdicos. No comeƧo, jĆ” dĆ” pra ter uma ideia de quem Ć© a Luciana, alguĆ©m que, internamente, estĆ” bastante frĆ”gil. Isso imprime certa doƧura a ela e, a partir disso, inferimos que ela se encontra em conflitos. Um deles Ć© proporcionado por alguns sonhos recorrentes que a personagem tem tido com uma mulher ruiva. NĆ£o fica claro o que Luciana estĆ” buscando na mulher, apenas que a conhece. EntĆ£o, ela resolve tirar proveito dessa situação: comeƧa a escrever uma nova história.
"NĆ£o hĆ” sensação pior que acordar no meio da noite procurando por algo que deveria estar ali, bem ao alcance dos dedos. No entanto, nĆ£o estĆ”. E entĆ£o se percebe a verdade, e se depara com a dor que, atĆ© entĆ£o, achava-se esquecida em qualquer canto do subconsciente" – p. 10.
Uma coisa interessante sobre Luciana é que ela vai à terapia. O leitor não sabe muito bem por que ela frequenta o Dr. Jonas - eu achei que era somente pela mÔ fase na vida dela -, mas, aos poucos, vamos sabendo que houve algo bem sério em sua na vida, algo que a deixou com uma cicatriz (literalmente). Todo estÔ normal em sua rotina, até que o porteiro de seu prédio lhe avisa que uma mulher, que trabalha na editora à qual Luciana é vinculada, estÔ ali para conversar com ela. A moça é BÔrbara, a profissional enviada pela editora para que dê um Norte na vida literÔria de Luciana. Mas acontece que, assim que as duas se encaram, Luciana sabe que a conhece de seus sonhos.
A BÔrbara, ao contrÔrio de Luciana, é alguém com energia e foco. Demais. à o tipo de pessoa que encara a vida de forma muito profissional e metódica. Ela seria o outro lado da moeda, digamos assim. Analisando BÔrbara e Luciana juntas, dÔ totalmente para entender o que a autora quis criar com as personalidades distintas da duas: como casal, elas se complementam. Enquanto Luciana é frÔgil e fechada, BÔrbara é decidida e muito direta. Eu sempre gostei de pessoas que "se casam" com suas personalidades, pois acredito é é mais fÔcil que uma aprenda com a outra - e também acredito que, num relacionamento, é importante a gente querer crescer com a outra pessoa.
Bem, acontece que Luciana nĆ£o tem como fugir, pois jĆ” estĆ” evitando contatos com a editora hĆ” bastante tempo. EntĆ£o, Ć© inevitĆ”vel que elas tenham que planejar o convĆvio, de maneira estritamente profissional (pois, a princĆpio, a relação delas tem apenas esse intuito). BĆ”rbara tenta retirar Luciana diversas vezes de sua zona de conforto, arrancando-a de casa e fazendo passeios com ela. Luciana, aos poucos, comeƧa a perceber que a rotina incomum a faz trabalhar mais, de modo que sua nova história deslancha.
Um dos pontos positivos da trama Ć© que o romance que toma forma entre as duas acontece de maneira lenta e gradual, mas sempre evidente nas entrelinhas (entrelinhas, eu amo vocĆŖs!). Tudo Ć© muito sutil. HĆ” olhares e nervosismo, coisas assim. Ć tudo muito subentendido de forma muito bem costurada.
"No instante em que os olhos de Luciana a encararam, BĆ”rbara soube que tinha cruzado a linha. De novo". – p. 86.
Eu, que amo essas sutilezas em histórias, achei que, se o romance fosse construĆdo de outra forma, a autora deixaria de "vender" o seu objetivo, que Ć© construir algo puro e sem muitos padrƵes. Outro ponto que aprovei Ć© que, em momento algum do livro, as personagens se sentem culpadas pelos sentimentos que nutrem. Na minha postagem sobre Literatura LGBT, eu escrevi que abordo essa literatura nas minhas fanfics de forma leve, sem grandes dramas. Parte disso Ć© porque, da mesma forma que a Marcia, quero escrever sobre algo puro, algo que nĆ£o precisa ser tachado de maculado, e a outra Ć© que acredito que o amor nĆ£o deve ser sentido a tal ponto que martirize as pessoas e as faƧa sentir culpadas por ele (nĆ£o somente falando de relaƧƵes homoafetivas, como tambĆ©m de relaƧƵes heteroafetivas). Acredito que, desde que nĆ£o haja malefĆcio a nenhuma das partes, nĆ£o hĆ” por que existir culpa. E a Marcia conseguiu evidenciar esse ponto de forma sincera e com grande credibilidade.
Enquanto Luciana e BÔrbara vão descobrindo o amor, cada uma tem de lidar com seus próprios problemas. O teor psicológico inserido na trama, especialmente ao que diz respeito à Luciana agrega bastante curiosidade, pois a gente se vê cada vez com mais vontade de saber tudo o que a personagem esconde e por quê.
Outro ponto cativante Ć© que a autora conseguiu passar o universo adulto de forma muito convincente. E o que mais evidencia isso Ć© que, os personagens secundĆ”rios ligados Ć s personagens principais sĆ£o muito desapegados. O ex-noivo de BĆ”rbara nĆ£o Ć© um cara chato que fica insistindo em reatar. E a mulher com quem Luciana se envolve brevemente durante alguns capĆtulos Ć© a primeira a dar um empurrĆ£ozinho para juntar as protagonistas.
"– Ainda nĆ£o entendo por que vocĆŖ estĆ” se esforƧando tanto, Luciana. Apenas seja vocĆŖ. Deu certo atĆ© agora. E, se ela nĆ£o gostar desse seu jeito, pode ter certeza de que ela nĆ£o Ć© a garota certa.Os olhos de Luciana se iluminaram e, em seguida, BĆ”rbara pĆ“de ver uma sombra de tristeza escurecer aqueles orbes.– A garota certa – foi quase um murmĆŗrio da escritora – Faz a gente pensar, sabe? SerĆ” que um raio cai duas vezes no mesmo lugar?BĆ”rbara, entĆ£o, resolveu encarar o teto, como se alguma resposta pudesse surgir dali.– Sinceramente, espero que sim".– p. 124.
Acabei encontrando, claro, alguns pontos problemÔticos [atenção: spoilers!]. Primeiro, é que as personagens se beijam pela primeira vez quando estão bêbadas. Além de ser o maior clichê, eu acho bastante injusto esse tipo de situação. Sem contar que abre uma grande lacuna para o depois: as personagens podem se arrepender e a trama ficar ainda mais clichê. Segundo, é que a BÔrbara, por ter a postura séria e, por vezes, rude, é muito pouco compreensiva com os dilemas emocionais de Luciana. Notei que diversas vezes que ela quis se impor e acabou me passando a impressão de que estava pedindo demais da outra. E, terceiro, que hÔ uma cena de ciúme bastante boba e desnecessÔria, que achei, mais uma vez, clichê. (No entanto, isso não interferiu no meu sentimento para com a história, por isso, as cinco estrelinhas).
Uma reclamação que, acredito, tenho o dever de fazer Ć© quanto Ć classificação do livro: 16 anos. Claramente, ela Ć© referente Ć temĆ”tica LGBT, e eu achei muito desnecessĆ”ria e ridĆcula, como se, pelo fato de haver duas mulheres se relacionando, haveria muita sexualidade e/ou depravação - coisa que, em momento algum, acontece.
A narrativa acontece em terceira pessoa - e, surpreendentemente, eu consegui me envolver bastante -, mas não acompanha apenas a Luciana. E a escrita é absurdamente bem colocada, madura, muito condizente com a proposta do livro. Definitivamente, a escrita da Marcia ganhou mil pontos comigo, simplesmente maravilhosa.
A diagramação Ć© bastante simples, as letras sĆ£o grandes e a tipografia Ć© muito fĆ”cil de se acostumar. HĆ” alguns elementos visuais, tais como a tipografia diferenciada indicando o nĆŗmero do capĆtulo (acredito que seja renascentista, daquelas que imitam um pouco o visual manuscrito), "corners" em cada inĆcio de capĆtulo (que, a meu ver, nĆ£o acrescenta informação alguma) e dois cisnes "se beijando" em cada quebra de narração.
A capa Ć© um grande indicador da temĆ”tica sobre escrita incutida no livro, com a imagem da moƧa com a xĆcara nas mĆ£os e o livro ao lado (claramente, isso Ć© muito Luciana, haha). As tipografias utilizadas estĆ£o ok, embora eu nĆ£o ache que a que foi usada no nome da autora tenha combinado com a que foi utilizada no tĆtulo (acredito que, se fosse algo mais pincelado, casaria melhor).
Ah, preciso dar os parabĆ©ns Ć autora pelo tĆtulo do livro. NĆ£o sei por quĆŖ, mas ele me tocou e o achei bastante criativo e muito condizente com a proposta do livro, casou perfeitamente com todo o embate emocional da Luciana.
Nota: a editora Novo Romance acabou falindo e a Marcia Dantas irÔ lançar a segunda edição de Reescrevendo Sonhos pela Tribo das Letras.
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*BĆNUS: entrevista com a autora.
1) Quando e por que decidiu abordar um casal homoafetivo?
De
certa forma a história nasceu assim. Quando eu tive o sonho que deu origem ao
plot de Reescrevendo Sonhos, a história veio dessa forma. Eu precisava que a
escritora visse a imagem de uma outra mulher e que a "materialização"
dela acabasse por despertar sentimentos românticos. Na época, no entanto, nunca
soube o motivo. Então, no decorrer do processo, descobri o que estava dentro de
mim o tempo todo: eu sempre quis escrever sobre mulheres. Eu precisava falar
delas, suas inseguranƧas, medos, jornadas, batalhas e como isso pode acontecer
em uma história sem depender de um homem. Desde minha entrada nas fanfics, minha
escrita se voltou para isso, mas só com esse primeiro livro e com a entrada do
feminismo na minha vida Ć© que percebi que isso sempre foi o que eu quis fazer.
2) O
que veio primeiro, durante o processo de escrita do livro: as personagens ou a
história e por quê?
Na
verdade meu processo é muito engraçado: vem meia dúzia de cenas na cabeça e
minha luta é começar a juntÔ-las como um quebra-cabeça. Reescrevendo Sonhos não
foi diferente. Essas cenas vieram e, a partir delas, criei Luciana e BƔrbara.
Depois fui só preenchendo o restante. à uma fórmula que sempre funcionou muito
bem comigo na verdade.
3)
Grande parte do conflito de Luciana Ć© sobre como ela precisa aprender a lidar
com o subconsciente, então você acredita que ele tem o poder de modificar quem
somos e muitas situaƧƵes de nossa vida?
Eu acredito, sim, que o inconsciente tem
esse poder. Não só por ter estudado isso na faculdade e depois por ter visto
uma pessoa na minha famĆlia ter tido que lidar com questƵes psicológicas por
coisas que estavam guardadas no mais fundo de seu inconsciente. Isso fez com
que eu comeƧasse a refletir sobre mim mesma. E efetivamente vi que muitas das
minhas aƧƵes, reaƧƵes, pensamentos e etc. vem de maneiras automƔticas, sem eu
sequer pensar muito sobre aquilo. Então, quando eu racionalizava e tentava
procurar explicações (às vezes, tempos depois) acabava entendendo que
determinados acontecimentos em minha vida (reprimidos ou apenas esquecidos)
tinham refletido com forƧa sobre aquele fato. A mente Ʃ realmente mais poderosa
do que nos damos conta.
*Lembrando que o BĆNUS acontece após resenha de livros de autores parceiros.
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Love,
Nina ♥

Oi Nina, inicialmente eu não daria nada pelo livro, mas a partir do aprofundamento da resenha o meu interesse aumentou e a temÔtica abordada na história me prendeu completamente e me encheu de vontade de poder ler o livro. Espero um dia ter a oportunidade.
ResponderExcluirBeijos
Conversas de Alcova ❤
Como a Kris, eu tambĆ©m nĆ£o daria nada por esse livro, se eu o visse em uma livraria e nunca tivesse lido esse seu texto. Pelo tĆtulo nĆ£o tem como a gente inferir o conteĆŗdo. E que conteĆŗdo: mulher e homoafetividade tĆ£o essencial de discussƵes numa sociedade ainda tĆ£o cheio de preconceitos.
ResponderExcluirEspero ter a oportunidade de ler, pois o tema me chama muito a atenção. Se eu fosse escritora, com certeza seria temas que eu abordaria.
Beijos!
OlĆ”!
ResponderExcluirJÔ conhecia o livro, mas ainda não tive o prazer de ler. quanto a preguiça de fazer as resenhas, bem-vinda ao clube!
Estou louca para ler a obra, a autora Ć© um fofa!
Fico feliz que ela vƔ lanƧar pela Tribo das Letras e vou comprar meu original.
http://www.poesianaalma.com.br/
OlƔƔ
ResponderExcluirNossa, que interessante, adorei a premissa do livro, nunca tinha ouvido falar sobre mas curti bastante a temÔtica e sua resenha ficou ótima ;)
http://realityofbooks.blogspot.com.br
Beijos
Oieee!
ResponderExcluirOlha só nao conhecia o livro, mas adorei a premissa do livro!!
Adorei a resenha, parabens
Super beijo
Gio - Clube das 6
www.clubedas6.com.br
Oi Nina
ResponderExcluirFaz tempo também rs Nunca li nenhum livro com o tema LGBT por enquanto então não sei muito como me posicionar diante de um enredo como esse, porém achei interessante sua resenha e vejo que esse enredo estÔ começando a se expandir. Espero poder ler algo similar ou mesmo o livro em breve. Um beijo
Cybelle
http://www.voandosozinha.tk/
OlĆ”, tudo bem w
ResponderExcluirDe princĆpio, nĆ£o me interessei muito pela história, mas conforme ia lendo a resenha, nĆ£o sei... Estou revendo minha ideia. Gostei da entrevista. Acredito que entrevistas com o autor contam muito, e levo em consideração o que o autor diz sobre o próprio livro antes de comprar. E fiquei chocada com "A editora novo romance faliu". Ć sĆ©rio? Poxa, que pena... Gostava dela.
OlƔ flor. Meus parabƩns pela resenha!
ResponderExcluirJÔ li esta obra e simplesmente amei. A autora criou uma história bonita, bela e um romance muito bonito que me agradou bastante. A autora tem uma escrita maravilhosa, mesmo não me emocionado ou me cativado tanto assim. Mas valeu muita a pena.
Beijos, sucesso.
OlĆ” querida,
ResponderExcluirGostei bastante da resenha e estou muito curioso para adentrar nesse universo. Algo que me chamou muito atenção foi o tĆtulo, atĆ© pelo momento em que vivo em minha vida na busca do sonho da escrita e de ser pesquisador. Quanto Ć temĆ”tica eu nunca li nenhum livro sobre as relaƧƵes homoafetivas e fico feliz em perceber a literatura sobre o assunto se expandindo!
OlĆ”!
ResponderExcluirAté então eu não conhecia o livro e provavelmente eu não me interessaria por ele, pelo menos não antes de ler a tua opinião sobre ele.
A capa em si não despertou minha curiosidade e possivelmente isto me afastaria da obra nas livrarias, mas agora que conheço a premissa da obra e as potencialidades, com certeza aguardarei a nova edição e irei adquirir!
bjs
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas fiquei bem curiosa. Eu também jÔ li vÔrios livros e fics com temÔtica homoafetiva, mas sempre com casais masculinos. Seria interessante conhecer o romance dessas duas mulheres.
beijos
http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/
TambĆ©m admiro muito a Marcia, como pessoa e creio que, assim que ler a obra, como autora tambĆ©m. JĆ” a admiro por colocar personagens que poucos sĆ£o explorados na Literatura, isso com certeza Ć© um desafio, sabendo como nossa sociedade Ć© com algumas questƵes. Conheci RS atravĆ©s de uma resenha que li e, bem, o que chamou minha atenção de inĆcio foi o fato do livro contar a história de uma escritora que passa por um terrĆvel bloqueio criativo. Sei o quanto isso Ć© terrĆvel e queria ver as angĆŗstias desses momentos expressos em um livro, pois, por vezes, por nĆ£o conhecer muitos escritores (pessoalmente), sinto que sou a Ćŗnica terrĆ”quea que passa por esses momentos.
ResponderExcluirBem, depois que soube que era uma história de amor de duas mulheres, fiquei assim: #PRECISO DESSE LIVRO. Nunca li um livro com essa temÔtica, jÔ li contos, mas romances não e como amo sair da minha zona de conforto...
Acho que nem preciso dizer o que acho sobre a classificação indicativa #CoisaRidĆcula
Meu processo de escrita é um pouco parecido com o da Marcia kkkkkkkkkk! Imagino um trilão de cenas e depois começo a coadunÔ-las.
ParabƩns pela resenha e espero ter tempo para comeƧar a ler esse livro logo. RS estƔ lƔ na minha estante, me chamando todo vez que o olho kkkkkkk!
AbraƧos,
Karina do blog Eu e Minha Cultura.