#Resenha de livro: No Mundo da Luna
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Descobri a Carina Rissi há uns três anos, na época de Perdida, e como minha identificação com este livro não foi a das mais positivas, relutei em ler outro trabalho da autora por um bom tempo. Ano passado, comecei Procura-se um marido, mas não o finalizei ainda. Como No Mundo da Luna lançou recentemente (e eu quaaase fui ao lançamento que teve aqui na minha cidade), decidi dar uma chance a ele, porque fiquei curiosa sobre a premissa cigana na história.
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Descobri a Carina Rissi há uns três anos, na época de Perdida, e como minha identificação com este livro não foi a das mais positivas, relutei em ler outro trabalho da autora por um bom tempo. Ano passado, comecei Procura-se um marido, mas não o finalizei ainda. Como No Mundo da Luna lançou recentemente (e eu quaaase fui ao lançamento que teve aqui na minha cidade), decidi dar uma chance a ele, porque fiquei curiosa sobre a premissa cigana na história.
Título: No Mundo da Luna
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus Editora
Ano: 2015
Páginas: 476
★★★
Bom, como estou em função de final de semestre na faculdade, eu gostei de poder ler um livro de "lazer", daqueles que a gente vai lendo, lendo, lendo e apenas queremos mais. Sim, a literatura da Carina é exatamente assim. E esse ponto é muito positivo, aliás. A escrita dela é gostosa, fluída, sem muitas amarras e não é pobre ou mesquinha, apesar de utilizar umas comparações clichês desnecessárias.
A história é sobre Luna, que é a narradora, uma jornalista recém-formada que trabalha para uma revista, a Fatos&Furos. Enfim, eu já não levei muita fé nesse trabalho dela, porque, bem, se você acabou de sair da faculdade não deveria aceitar entrar para uma empresa só porque endeusa profissionalmente o editor-chefe, que te designa para ser secretária. Gente, existe até mesmo a assessoria de imprensa, na pior das hipóteses! Mas, ok, a menina se contentou com a posição de secretária. Tudo está o caos de sempre: ela infeliz pela descoberta da traição do antigo namorado e por não ser uma "jornalista de verdade", o editor-chefe chamando-a de Clara e gritando com todo mundo. Até que, numa reunião, Dante (o editor-chefe) revela que a revista concorrente conseguiu debandar mais funcionários da Fatos&Furos para lá e, portanto, uma coluna está vaga e eles não podem contratar ninguém por causa do caixa. É aí que entra Luna, pois a coluna é sobre o horóscopo. Ela acaba aceitando a tarefa, apesar de não ser bem o que tinha em mente, mas se sente um pouco mais realizada ali dentro.
Descobrimos, então, que Luna tem uma ligação com as cartas e a magia, uma vez que tem descendência cigana (mas não é praticante, o que deixa a avó Cecília muito frustrada). O livro traz várias curiosidades sobre a cultura cigana, desde a relação entre homens e mulheres, o casamento e a espiritualidade. Essa foi, com certeza, a minha parte preferida, pois adoro conhecer outras culturas mesmo que seja através da literatura (já que viajar tá difícil, hehe). O material exposto no romance sobre os ciganos é bastante rico e foi encaixado de maneira perfeita, sem parecer forçado ou artificial.
Ela acaba comprando um baralho para tentar fazer o mapa astral dos signos mesmo que não acredite em nada daquilo. Surpreendentemente, a coluna ganha prestígio e ela fica sabendo que muita gente está seguindo seus conselhos astrológicos, até mesmo sua melhor amiga.
A vida amorosa de Luna ganha um pouco de vida quando um fotógrafo freelancer entra para a equipe da Fatos&Furos e, ao que parece, se interessa bastante por ela. No começo, eu jurava que o Viny fosse gay, porque as coisas que ele fala para ela são meio, digamos, surreais. Ele é super direto e charmoso. É uma personagem "tapa buracos", exatamente como o ex-namorado da garota. Aparece só para entrar e sair de cena. Eles acabam marcando de sair, mas Viny vai cobrir um fato (não lembro agora se era algo com bombas, ou sei lá) e acaba não aparecendo. Com isso, Luna e Dante se encontram, pois ele está separado da ex-namorada e está morando no hotel do restaurante em questão.
Um ponto importante: desde a primeira página, a Luna detesta o Dante. Mas é algo nada normal, compreensivo ou maduro. Sinceramente, eu mal entendi por que ela o odeia. A questão é que essa é a premissa da relação dos dois. Dante, um cara sete anos mais velho, poderoso no ramo da comunicação (já que ele foi nomeado editor-chefe para reerguer a revista) e, agora, bastante machucado pelo término de seu namoro de longa data. Luna, a garota de 25 anos que age e pensa como se tivesse 15 (ô gente, por favor, as mulheres não são mimizentas como essa personagem!), dona de um coração partido que acha que os homens são todos uns cafajestes (o bom senso mandou lembranças, amiga!) e que, apesar de estar nessa fase de eu-odeio-o-amor, no fundo, ela quer encontrar alguém especial.
É depois de muitas bebidas que Luna e Dante acabam na cama. Há algumas cenas hots, mas nada de mais. Depois dessa noite, a relação deles realmente se inicia, já que eles têm várias idas e vindas devido a acontecimentos relacionados à auto-estima e coisa e tal.
– O Dante não é o cara certo para mim.– Nem sempre a gente precisa do cara certo. Às vezes é o cara errado que vai virar sua vida de ponta-cabeça e fazer tudo valer a pena. Você não está vendo as coisas com muita clareza. O Dante é o cara perfeito para você, de um jeito errado.– Em qual dimensão ele seria o homem perfeito para mim, Sabrina? Porque, nessa em que vivemos, não pode ser. O Dante é o oposto de mim em quase tudo. Somos como... Gisele Bündchen e mousse de chocolate. Incompatíveis!– Exatamente! Ele é tudo o que você não é e vice-versa. Vocês se completam.
Dante é um personagem masculino, no começo, bastante coerente. Apesar das explicações da Luna, em momento algum eu o odiei. Na verdade, meu ódio foi dirigido somente à ela, porque... Bem, digamos que o legal de se escrever para o público feminino, sendo uma mulher, é que você pode "abrir a mente" dessas leitoras, construir outros subterfúgios e desconstruir esteriótipos, mas esse livro apresentou apenas mais uma personagem como tantas outras: uma mulher frágil que precisa ser salva pelo seu príncipe encantado, porque tudo o que ela precisa na vida é ser amada. É tipo o seriado Sex and the city: por um lado, a mulher moderna é proativa, trabalha fora, gasta o quanto quiser, mas precisa ter um homem ao lado para ser feliz. Aprendi a gostar de chick-lit, pois é uma literatura que aprofunda bastante os temores femininos e seus anseios, no entanto, alguns livros apenas exageram nos estereótipos (pois é o que vende, infelizmente) e esquecem de diversificar. Sem contar que encontrei diversas ideias e trechos machistas. O auge da minha descrença foi quando o Viny vira pra Luna, se referindo ao "triângulo amoroso" na qual ela está, e diz: "O importante é quem vai ficar com o prêmio" (ou algo assim). E, sim, o "prêmio" é a Luna. #vergonha
O livro tem uma história razoável, mas ele poderia muito bem ter sido mais sucinto, pois muitas cenas eram altamente desnecessárias. Por exemplo, eles estavam super curtindo um ao outro quando, de repente, por uma mísera coisinha tudo desandava e alguém explodia. Por isso, achei que o romance deles é muito inconstante e até meio ridículo, pois eles se comportam como se fossem adolescentes (não em questão apenas de romantismo, mas em tudo).
E, por incrível que pareça, as pessoas estavam certas. Eu fiquei bem. Não de imediato, mas depois de um tempo. Depois que o Dante invadiu a minha vida. E agora ele estava indo embora e eu teria de começar tudo de novo. Só que dessa vez sozinha.
De modo geral, a história é bastante previsível, mas a leitura é viciante: foi a única razão de eu não ter largado o livro de lado. A Verus Editora, como sempre, fez uma edição impecável. A capa está muito bonita e a diagramação é simples, com letras grandes e com alguns elementos legais (como o horóscopo semanal de Luna e algumas mensagens trocadas).
Presumo que quem é bastante fã da autora vai gostar da história. Eu gostei, mas muitos pontos me irritaram demais, de modo que não posso falar mais do que isso :)
Love,
Nina ♥
Li faz pouco tempo No Mundo da Luna, e como não tinha lido nenhum outro livro da Carina, esse foi meu primeiro contato com sua escrita. Devo concordar que o estilo dela vicia, mal percebia quando passava páginas e mais páginas, mas apesar de ter gostado de certas coisas no livro, a Luna me irritou muito em certos momentos... Seus ataques toda santa vez que dormia com o Dante, suas dúvidas incansáveis que tinham a resposta bem na cara dela, junto de certos estereótipos foram o motivo de o livro perder pontos comigo. Todavia, não chegou a ser uma leitura desagradável, tanto que no fim acabei por me divertir após concluir a leitura.
ResponderExcluirNão sei se darei uma olhada nos outros livros da autora, pois apesar da escrita fluída, após ler as sinopses não cheguei a me interessar de imediato, mas quem sabe no futuro?
Adorei a resenha ^^
Abraços <3
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEntão, da Carina,eu só li até o momento o "Perdida" e, apesar de ter gostado, não se tornou um dos meus preferidos e nem ela uma das minhas autoras preferidas. Vi muito fusuê em relação ao livro, inclusive fui ai lançamento dele na minha cidade e o adquiri autografado e tal. A autora é muito simpática pessoalmente.
Enfim, uma coisa é certa, o escritor pode escrever 1000 livros que a pessoa considere ótimo, mas o 1001 ela pode vir a não gostar, acontece e é super normal. Gostar do livro por ser fã do autor, ao meu ver é não aproveitar realmente a história que lê. A história tem que me conquistar, o autor faz parte do pacote, mas a trama e a cada linha de desenvolvimento da estória é o que mais pesa para mim.
Essa é a segunda resenha não muito positiva que vejo sobre o livro e confesso que,ainda que tenha o adquirido,não sei quando lerei, ele está ficando pro cantinho... por ora. XD
Parabéns pela resenha, excelente!
Beijo!
Livros & Tal [livrosetalgroup.blogspot.com.br]
"Por exemplo, eles estavam super curtindo um ao outro quando, de repente, por uma mísera coisinha tudo desandava e alguém explodia": cara, isso acontece na vida real, mas na Literatura irrita pacas, porque quando vamos ler uma cena, esperamos que ela tenha algum peso para a história, quer dizer, colocar uma ou duas cenas dessas para mostrar o quanto a relação dos dois é inconstante, tudo bem, mas colocar um trilhão delas é MUITO chato!
ResponderExcluirOlha, eu até gosto de ler um chick-lit de vez em quando, mas também fico bestificada com a quantidade de livros do gênero que reforçam esses esteriótipos, que enfiam goela abaixo que mulher é um ser frágil, que não consegue trocar uma lâmpada, daí chega um príncipe encantado moreno, alto, bonito e sensual que a salva (troca a lâmpada). Putz, eu me sentiria tão feliz se lesse um chick-lit onde a mulher soubesse trocar uma lâmpada, cara. #FicaADicaParaOsAutores
E esse negócio do "prêmio" foi vergonhoso... Mas, apesar de tudo isso, fiquei com muita vontade de ler a obra, seria legal conhecer um pouco da cultura cigana.
Abraços,
Karina do blog Eu e Minha Cultura.
PS: estava com saudades de ler seus posts.
Oi ^^
ResponderExcluirEu gosto da escrita desta autora e por este motivo eu estava bem curiosa em relação a este livro.
Eu não me importo muito com o fato da mulher precisar do homem para algumas coisas e quando leio um livro começo com a mente aberta, por isso acho que não iria me incomodar muito com a protagonista :P
bjs
Oláá
ResponderExcluirEu gostei muuuito do livro e foi meu primeiro contato com a autora, espero ler todos os outros pois adorei a narrativa e tudo mais, muito gostoso.
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Oi, sua linda!
ResponderExcluirAdoro seu blog e seus textos, você sabe disso, curto suas indicações de leitura, mas dessa vez deixarei passar. Não curto os livros da autora por questões ideológicas, culturais e sociais.
Já ouvi/li muitas coisas sobre esse livro. Gosto muito de magia e sou fascinados por ciganos. Mas ainda não consegui me atrair por esse livro, a proposta da trama não é bem de acordo com o que costumo ler. Eu estou farto de mulheres frágeis e seus cavaleiros de cavalo branco. Prefiro os romances de Roberto Drummond;
ResponderExcluirNina ainda não li o livro, mas sei que vou gostar pelo fato de falar sobre a cultura cigana que adoro, sem contra que Carina sempre garante boas risadas. A capa está linda, espero gostar da leitura assim como você. beijos
ResponderExcluirJoyce
www.livrosencantos.com
Oi Nina, muitas vezes a forma como o autor ou autora escreve acaba convencendo ou agradando mais que o proprio enredo do livro. Pelo visto foi o que aconteceu aqui com você.
ResponderExcluirBjs, Rose.
incrível como me fascino com suas escolhas de palavras! Parabéns. E me interessei bastante pelo livro, colocando em minha lista!
ResponderExcluirAproveitando seu espaço para anunciar um post novo em meu blog! espero que goste tanto quanto gostei de seu blog Nina.
ResponderExcluirhttp://livroderesenhas.blogspot.com.br/2015/06/desabafando-com-fantasmas-1-seguir-em.html
Esse livro aparece bastante mais ainda não tinha lido nada a respeito!
ResponderExcluirMe parece uma visão diferenciada e ao mesmo tempo comum da vida de Luna, gosto muito de estórias meio infanto-juvenil, me faz bem, me renova a vontade de ler mais!
Embora você tenha se irritado em algumas partes, acho que eu já gostaria dele!
Beijo
Mila-Scraplivros
Oie, tudo bom?
ResponderExcluirMesmo sendo fã da autora, acredito que suas ressalvas precisam ser levadas em conta. Eu gosto bastante de chick-lit, mas um romance mal construído pode estragar o livro. Quero ler esse livro porque adoro a escrita da Carina Rissi, mas já sei que a narrativa tem seus defeitos.
Beijos,
http://livrosyviagens.blogspot.com.br/
Olá!
ResponderExcluirAinda não li esse livro mas tenho minhas dúvidas se vou gostar quando ler pois nunca me interessou muito.
luadeneon.com