#Dicas para escritores #7
Depois de alguns meses, voltei com #DicasParaEscritores, eba! A postagem de hoje vai ser pautada por dicas dadas pelo escritor Fabrício Carpinejar. O mais legal é que essas dicas foram feitas com exclusividade para mim e para um pessoal que pôde ir ao Workshop promovido pela Amazon-Brasil, aqui na minha cidade. Ocorreu em Novembro, juntamente com a Feira do Livro de Porto Alegre. No evento, a responsável pelo KDP Amazon no Brasil nos orientou sobre os benefícios da utilização do sistema KDP Select, o que significa que a publicação é exclusiva para o dispositivo Kindle. Após isso, houve uma conversa com alguns autores da Amazon. Estava planejado que o encontro com o Carpinejar fosse a primeira coisa do evento, mas ele se atrasou e isso ocorreu apenas no final e durante meia hora.
1) O importante não é o real, é o possível
Aquilo que você escreve, independentemente do que seja, pode acontecer, poderia acontecer. O real também é algo inverossímil - quantas coisas acontecem que parecem impossível de acontecer? Então, por mais que queiramos recapitular alguma memória, escrever aquilo que achamos que de fato ocorreu nunca será, realmente, o real.
2) A raiva é uma péssima conselheira
Se você é do tipo de escreve para passar a raiva, não está sozinho. No entanto, não torne seu texto o âmago do que quer passar aos outros. Imagine, quantas pessoas nos odeiam e nem sabemos? Quantas pessoas nós odiamos e que nunca saberão? Se, mesmo no mundo real, a raiva não é o sujeito que orienta aquilo que somos, ou nosso destino para que repassar isso na ficção, né? Ótima dica: escreva, escreva, escreva o quanto quiser, diga tudo o que quiser, releia e depois... Rasgue, ou deixe o documento salvo perdido em algum canto no seu computador (ou meramente não o salve, ou o exclua depois). Ninguém tem obrigação de receber ódio.
3) Não escreva tudo aquilo que sente
Ao fazer isso, você estará deixando o trabalho de seleção para o leitor. É claro que o autor tem que oferecer material suficiente para os leitores, mas quantas vezes informação demais tornou uma leitura maçante? Isso é, na maioria das vezes, culpa da falta de controle das palavras e das ideias por parte daquele que escreve. É muito bem-vindo deixar "pontas soltas" na narrativa, mas que possam ser entendidas pelo leitor ao longo do livro, ou após sua conclusão. Isso porque a imaginação do leitor é algo que precisamos conquistar, mas não de maneira invasiva e direta. Quando ele conquista informações por conta própria estamos oferendo a ele a sua participação dentro do livro.
4) Não faça propaganda de si mesmo
Bancar o "politicamente correto" não é uma boa forma de fazer literatura, assim como o seu oposto. Ninguém tem apenas um lado, uma face, uma opinião absoluta. Ou seja, mesclando os múltiplos lados de um personagem propiciará ao leitor várias emoções. Você não precisa dar vida a alguém que necessita de amor - precisa dar vida a alguém que, com suas peculiaridades, faça com que o leitor reflita, se emocione.
-x-
Bom lembrar que eu, Nina, não compartilho totalmente das mesmas ideias que o Carpinejar. Esse post expressa as opiniões dele, não minhas. Ainda assim, quis trazer esse conteúdo para vocês, pois achei bastante válido outros tipos de opiniões.
#Para ler as outras Dicas: AQUI.
Love, Nina :)
Interessante ponto de vista o do Carpinejar, traz o que pensar e, claro, refletir o que nos serve.
ResponderExcluirAmei <3
Nina omg não acredito que estou lendo idéias do Carpinejar. ❤ o amo tanto. Quase chorei enquanto lia. São belas visões e com certeza devem ser praticadas ao escrever :3
ResponderExcluirBeijos,Blog Cupcakeland
Sempre gosto de ler dicas, apesar de não ser escritora (tudo o que já tentei escrever empacou bem no início), mas devo humildemente admitir que não concordo com o 2 e com metade do 3, entretanto, realmente sempre imaginei que isso vá de pessoa para pessoa, já que cada um escreve conforme o coração manda (ou conforme suas regras individuais mandam), e as correções geralmente vêm só depois com as dezenas de revisões hahahaha
ResponderExcluirTenho muita vontade de ler Sobre a Escrita, parece ser um livro fantástico para quem escreve, ou apenas para quem é fã do King (como eu, rs) mesmo.
Abraços,
http://controleliterario.blogspot.com.br
É legal saber o ponto-de-vista de outros escritores,acho que isso nos faz pensar e evoluir. Pessoalmente, não gosto dele, mas uma ou outra dica dele achei válida. E que saudades que eu estava dessa sua coluna <3
ResponderExcluirBeijão
Ruh Dias
perplexidadesilencio.blogspot.com
Olá!
ResponderExcluirÉ sempre bom conhecer diferentes pontos de vistas, mas preciso dizer que não concordei com algumas dicas, principalmente em relação ao 2 e 3. Escrever é a melhor ''válvula de escape''. Acredito que devemos escrever sem censura, independente do que seja. Devemos expor nossas alegrias e tristezas, raivas, pensamentos, ideias. O importante é escrever e se sentir bem com aquilo.
Mas sempre é possível aprender e tirar algo bom de qualquer coisa, certo?
Abraços!
http://blogladoescuro.blogspot.com.br/
Oi. É uma postagem válida, mas eu não suporto o Carpinejar. Eu não partilho do mesmo pensamento ideológico do autor e não acredito em nenhuma dessas dicas. Me desculpe a franqueza, amo seu blog, acho que nem preciso dizer, mas não consigo não ser sincera. Carpinejar e Romero Brito estão no mesmo pacote.
ResponderExcluirOi, Nina! Eu não gosto do Carpinejar como um todo. Até consigo apreciar uma coisa ou outra, quando separada, mas quando se trata do pacote inteiro eu prefiro passar longe. Talvez minha forma de pensar mude daqui a um tempo, não descarto isso. Mas enfim...
ResponderExcluirQue bom que você voltou com a série de dicas para escritores! :D Mesmo não gostando dele, gostei da maioria das dicas. Arrasou!
Adorei as dicas... falta-me coragem para externalizar minhas idéias... quem sabe algum dia...
ResponderExcluirBjss
Roberta - www.livrosdabeta.blogspot.com.br
Olá! Gostei bastante das dicas. Agora, na minha humilde opinião: escrever é uma válvula de escape para muitos, e em muitas situações surgem obras lindíssimas desse momento que o escritor está passando. Um exemplo a ser citado é o romance Frankenstein, foi escrito em um período considerado sombrio na Europa, devido a explosão do vulcão Tambora, deixou o continente sem verão, já que as temperaturas da época caíram muito, esse clima todo melancólico foi inspiração para Mary Shelley escrever esse clássico do terror...Acho que isso varia de pessoa para pessoas. Beijos
ResponderExcluirEntre Livros e Pergaminhos
Hum, acho que não sigo algumas dicas do Carpinejar, principalmente quando aconselha a não escrever tudo aquilo que sinto. A escrita para mim foi e sempre será a minha "válvula de escape" rs.
ResponderExcluirGosto bastante dessa coluna <3
Abraços,
Karina do blog Eu e Minha Cultura.