Qualquer clichê de amor é amor: sobre não ter vergonha de amar
Eu sou 100% apaixonada pela Agência Página 7, porque ela sempre traz ótimos temas e ótimas histórias para nós. Com Qualquer clichê de amor é amor não foi diferente. Adorei o título, achei bem criativo e bem piegas ao mesmo tempo — o que combina demais com a coletânea, que traz oito contos sobre pessoas LGBTQ.
O mote da coletânea é maravilhoso: "Você já sabe como vai ser o final. Mas agora ele é gay, e essa é a melhor parte".
Aqui vou resenhar todos os contos, como fiz em Perigo: garotas unidas!
Título: Qualquer clichê de amor é amor
Autores: Matheus Bandeira, Mônica Campos, André Caniato, Vitor Castrillo,
Rebeca Kim, Melanie Kress, André Leonardo e Bianca Melo
Organizadores: Nathália Campos, Gabriela Barbosa e Katherine Nogueira
Editora: Agência Página 7
Páginas: 325
Ano: 2019
★★★★
★★★★
Romance rosa-shocking, Bianca Melo
Eu fiquei muito feliz de ver esse conto aqui, porque eu já o tinha revisado no ano passado. Ele conta sobre duas meninas totalmente diferentes que acabam se aproximando na escola e que, por causa de livros e filmes, encontram coisas em comum, até o amor uma pela outra. É um conto muito brasileiro e muito criativo.
Aos trinta, de André Caniato
Sim, tem a ver com o filme. Essa história conta sobre dois amigos que, um deles, acorda com trinta anos, de repente, e tem que resolver a sua amizade e o seu amor. É bonitinho, mas achei rápido demais e, no final, acabei não gostando tanto.
The time of my life, Melanie Kress
Com certeza o meu preferido. É uma história mais longa e, por isso, melhor trabalhada. Adorei absolutamente tudo. O conto fala sobre uma menina que está de férias num lugar que odeia por causa do padrasto, mas ela acaba conhecendo uma dançarina e tudo acaba mudando. Tem doçura, sarcasmo e muita inteligência.
Nunca fui beijado, de André Leonardo
Outro conto que aqueceu meu coração. Inspirado no filme, esse conto acompanha um jornalista que tem que voltar para a escola para descobrir sobre a vida de uma artista que também voltou para a escola. É claro que nem tudo dá certo e o personagem acaba se apaixonando por um bibliotecário.
Um romance adolescente, de Rebeca Kim
Natália e Carolina se conhecem numa festa de ano-novo e, depois, acabam percebendo que estudarão na mesma escola. É linda a relação das duas, as sutilezas e representatividade. Natália é cadeirante e, além do romance Céu sem estrelas, da Iris Figueiredo, nunca tinha lido outra história com uma cadeirante. Fiquei muito emocionada.
Dez motivos, Mateus Bandeira
Caio e Pedro já foram amigos, mas se distanciaram depois que Caio confessou a Pedro que era a fim dele. Mas parece que o destino decidiu juntá-los mais uma vez... É uma história lindinha, bem adolescente e com representatividade de um protagonista negro. É uma história mais longa, então, o arco é muito bem construído. Gostei demais!
Vestida para se apaixonar, Mônica Campos
Eu adoro narrativas sobre casamentos, apesar de não querer casar. Esta história fala de duas mulheres bem diferentes que, por causa de um casamento, acabam descobrindo coisas uma pela outra. É muito legal perceber a descoberta da bissexualidade da protagonista, achei bem válida. Essa história não é sobre adolescentes e, apesar disso, achei muito bem desenvolvida. Achei a mais madura das histórias.
Demais pra mim, Vitor Castrillo
Luis estava de boa com a vida, quando foi atingido por uma bolada de Guilherme. Apesar de rejeitar várias vezes Guilherme, Luis acaba cedendo e vivendo coisas legais com ele... até que ele descobre a verdade. Gostei demais deste por falar sobre bissexualidade masculina.
A coletânea é linda, na medida certa, mas, como representatividade LGBTQIA+, ainda oferece muito pouco. Assim como a antologia Famílias Invisíveis, Qualquer clichê de amor é amor não dá espaço a personagens da comunidade T e isso me foi uma grande decepção. Acho maravilhoso falarmos de sexualidade, mas ainda noto uma exclusão muito grande à identidade de gênero nas histórias LGBTQIA+ nacionais.
Natália e Carolina se conhecem numa festa de ano-novo e, depois, acabam percebendo que estudarão na mesma escola. É linda a relação das duas, as sutilezas e representatividade. Natália é cadeirante e, além do romance Céu sem estrelas, da Iris Figueiredo, nunca tinha lido outra história com uma cadeirante. Fiquei muito emocionada.
Dez motivos, Mateus Bandeira
Caio e Pedro já foram amigos, mas se distanciaram depois que Caio confessou a Pedro que era a fim dele. Mas parece que o destino decidiu juntá-los mais uma vez... É uma história lindinha, bem adolescente e com representatividade de um protagonista negro. É uma história mais longa, então, o arco é muito bem construído. Gostei demais!
Vestida para se apaixonar, Mônica Campos
Eu adoro narrativas sobre casamentos, apesar de não querer casar. Esta história fala de duas mulheres bem diferentes que, por causa de um casamento, acabam descobrindo coisas uma pela outra. É muito legal perceber a descoberta da bissexualidade da protagonista, achei bem válida. Essa história não é sobre adolescentes e, apesar disso, achei muito bem desenvolvida. Achei a mais madura das histórias.
Demais pra mim, Vitor Castrillo
Luis estava de boa com a vida, quando foi atingido por uma bolada de Guilherme. Apesar de rejeitar várias vezes Guilherme, Luis acaba cedendo e vivendo coisas legais com ele... até que ele descobre a verdade. Gostei demais deste por falar sobre bissexualidade masculina.
A coletânea é linda, na medida certa, mas, como representatividade LGBTQIA+, ainda oferece muito pouco. Assim como a antologia Famílias Invisíveis, Qualquer clichê de amor é amor não dá espaço a personagens da comunidade T e isso me foi uma grande decepção. Acho maravilhoso falarmos de sexualidade, mas ainda noto uma exclusão muito grande à identidade de gênero nas histórias LGBTQIA+ nacionais.
Love, Nina :)
Oie!
ResponderExcluirEu amei demais esse livro e quero para já!1
Não sou muito de contos, mas amei suas impressões e estou mega curiosa, principalmente dos personagens bi.
Silviane, blog Memento Mori • @kzmirobooks
Olá não conhecia o livro mais processo de criação dele incrível com tantas pessoas envolvidas em fazer dar certo é difícil não querer prestigiar a obra, fiquei bem inclinada em realizar leitura.
ResponderExcluirEU TENHO MUITA VONTADE DE LER ESSE LIVRO!
ResponderExcluirEu baixei ele um dia que ele tava gratuito na amazon e a premissa dele é tudo pra mim, mana!
eu tenho um penhasco por antologias, eu acho tão gostoso isso de ter varias histórias num livro só, me deixa com quentinho na alma hahahahahaha
Amei sua resenha mana, cê ahaza muito!
Eu também tô amando a Agência ♥️ pós censura na bienal que vários autores liberaram seus livros na loja Kindle eu fui atrás desse, ainda não li nenhum kakaka mas esse vai ser o primeiro!
ResponderExcluirQue máximo!
ResponderExcluirAdorei a proposta!
Não conhecia o livro ainda, mas já fiquei encantada. Ah, o amor! Não existe tema melhor!
Dica anotada!
Olá,
ResponderExcluirGosto de livros de contos, só por isso já tem um saldo positivo para mim.
Não conhecia a coletânea e gostei da variedade de gêneros que o livro trata.
Debyh
Eu Insisto
Amo ler contos, não conhecia a coletânea e me parece ter um aspecto bem juvenil, quase adolescente, gosto de conhecer para sempre ter material bom em mãos para trabalhar com jovens, etc.
ResponderExcluirNina, que lindeza de livro! Eu amo antologias e os contos desse livro parecem ser envolventes demais, e ter toda essa representatividade em uma leitura é extremamente importante. Eu ainda não conhecia e fiquei curiosa para ler.
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