Dear White People 3: o que esperar

Acompanho Dear white people (Cara gente branca) desde a primeira temporada. Eu acredito que a série fala com responsabilidade sobre pessoas negras e o racismo. 

Como levanto a bandeira do anti-racismo, essa série me faz refletir demais sobre vários pontos que já sei e sobre outros não tão evidentes. O teor reflexivo e crítico de Dear white people é contundente e na medida certa, o seriado não poupa suas palavras para nos educar e nos tirar da zona de conforto. 

Dear white people é essencial para que nós, pessoas brancas, possamos ter empatia e deixe que as pessoas negras tenham suas vozes. É importante aprendermos a não silenciar quem agora precisa falar.

Neste post, quero falar sobre o que esperar da terceira temporada, que estreou neste segundo semestre. Não, não tem spoilers! :)

Título: Dear white people

Temporadas: 3 (até o presente)

Ano: 2017 - até o presente

Onde assistir: Netflix

★★★★★❤

Mistério

Quem acompanhou a segunda temporada viu que a Sam e o Lionel estão cada vez mais metidos num mistério que envolve a faculdade onde estudam e ele volta com mais força nesta temporada. A diferença aqui é que temos surpresas tento positivas quanto negativas com as revelações.

Questões atuais 

Como sempre, Dear white people fala sobre racismo, mas não deixa de falar sobre feminismo, machismo, abuso de poder e outras questões que se atrelam ao tema, já que o racismo é um pilar importante para a manutenção de outras opressões. 

Feminismo

O feminismo da terceira temporada fica cada vez mais real e próximo. A partir de um plot específico, o espectador se vê cada vez mais embrenhado numa rede de machismo que beneficia autoridades da faculdade. O teor realista fica por conta do quão doloroso é a situação, que nos remete exatamente a como tal situação acontece no mundo real. 

Relacionamentos

O seriado também dá abertura para a construção de outros relacionamentos e o espectador se vê outra dividido, ora com raiva e ora triste. Como habitual, não vemos aqui relacionamentos românticos de princesa, o que confere à narrativa um tom realista. 

Ainda mais críticas contundentes

Como falei, os episódios se atentam mais às questões propostas e, com isso, vem a crítica de formas diferentes, sempre dependendo do assunto. É importante lembrar que, apesar de haver certa comicidade, Dear white people fala tanto com pessoas negras quanto brancas, de modo que não se pode esperar críticas "bonitinhas". 

Às vezes o tom é pesado e, ainda assim, muito necessário, pois nos ajuda a sair da zona de conforto, daquele lugar privilegiado de sempre (no caso das pessoas brancas). No caso das pessoas negras, a narrativa crítica, com certeza, gera empatia e aquela sensação de que você não está sozinho. Muito se fala da solidão de pessoas negras e acredito que a série é incrível neste sentido, de dar espaço a essa solidão e a essas vozes que, mais do que nunca, não aguentar mais ficar caladas. 

O que é justiça sem raiva?

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Love, Nina :)