TOP 5: mulheres inspiradoras

O primeiro post do Mês das Mulheres começa exaltando, claro, mulheres! Com certeza alguma mulher já disse, escreveu, cantou ou fez algo que te marcou e te inspirou, né? Eu cresci amando mulheres platonicamente. Hoje, tenho tantas mulheres a quem recorro em variados momentos que não caberia numa lista e, infelizmente, só pude escolher cinco para esse post. 

Essas cinco mulheres se relacionam de alguma forma comigo, ou porque entrei em contato com sua arte ou porque compartilho de suas ideias. Nesse TOP 5, eu tive o cuidado de heterogenizar minhas escolhas:

Amanda Palmer é musicista. Frequentou uma academia de artes, mas preferiu se tornar artista independente, vestindo-se de estátua viva no meio da rua. Na década de 2000, criou, junto com um amigo, a banda The Dresden Dolls. Em 2008, ela começou a carreira solo. Foi a primeira artista da música a lançar uma vaquinha online e a primeira a batê-la. Em 2015, lançou seu livro autobiográfico "A arte de pedir", que eu li em 2017 e se tornou um marco na minha vida, pois, com ele, eu pude aprender várias coisas musicais, mas também muito sobre autoconhecimento, autoamor e autoperdão. O que diferencia a Amanda dos outros artistas é, com certeza, a maneira como ela construiu a própria comunidade, cheia de amor, companheirismo e liberdade. Dá para ouvir o TEDTALK dela aqui (que, posteriormente, se tornou seu livro). 

Sou fã do Paramore há mais de dez anos e, com certeza, a Hayley Williams foi uma das minhas primeiras referências femininas. As letras dela (que ela já coescreveu com o Josh e, atualmente, coescreve com o Taylor) falam muito comigo, especialmente as que falam sobre esperança. Não à toa Last Hope é a música da minha vida, ela me salvou num período bem ruim da minha vida e, ainda hoje, consegue me fazer bem. O que mais me inspira nela é a nova fase pela qual ela começou a passar um pouco antes de lançar o último álbum da banda que traz músicas sonoramente animadas, mas que escondem letras sobre ataques de pânico, depressão, decepção e desamor. Ela ter começado a falar abertamente sobre saúde mental foi o que me possibilitou admirá-la ainda mais. Leia o que ela publicou aqui e aqui. Falar de saúde mental é essencial para mim e fico muito feliz de ver artistas cada vez mais levantando essa bandeira. 

Angela Davis é professora e filósofa. Na década de 70, ela ficou em evidência por participar dos Panteras Negras (uma organização socialista antirracista) e é uma importante persona a favor do movimento feminista, antirracista e anticapitalista. Angela se refere a si mesma como uma abolicionista. No ano passado, eu tive a oportunidade de começar a ler a literatura produzida por ela, começando por "Mulheres, classe e raça", que me fez perceber quão incrível a Angela é. Como é de se supôr, ela entrelaça gênero, classe social e raça e também corrobora a ideia de que o sistema capitalista utiliza ferramentas machistas e racistas para sobreviver. Por causa dela, eu comecei a ter contato com o feminismo negro e o feminismo marxista. 

Eu sou completamente apaixonada pela Virginia Woolf, que foi romancista, ensaísta, poetisa e contista. Sua literatura de caráter intimista e introspectivo é marcante e reflexivo. Ela fez parte do Bloomsbury, um grupo de artistas que tinha por convicção defender a arte a partir de ideias feministas, pacifistas e sexuais. Junto com seu marido, fundou uma editora. O primeiro livro que eu li dela foi "As ondas", mas quando li "Um teto todo seu", percebi que não tinha como não amar menos a Virgnia. Boa parte de seus escritos (não apenas ensaísticos) têm um dedo feminista, o que se relaciona muito bem comigo. O fato de Virginia falar sobre a mulher me toca muito e me faz perceber que, por mais que ela estivesse falando em 1900, as mulheres ainda sofrem com basicamente as mesmas violências. 

Malala Yousafzai é uma ativista paquistanesa que ganhou notoriedade depois de 2009, quando começou a escrever e a noticiar seu cotidiano perante a ocupação talibã, que tentava controlar a promoção educacional dos jovens, especialmente das mulheres. Em 2012, ela foi atacada e, em 2013, foi considerada uma das pessoas mais influentes do mundo. Em 2014, aos 17 anos, ganhou o Nobel da Paz. É notório o quanto Malala se empenha para manter crianças e adolescentes, especialmente meninas e mulheres, na escola. Em seu livro "Longe de casa", eu pude entender mais sua popularidade e seu brilhantismo. Além disso, ela fala em nome dos refugiados, já que ela mesma já foi uma. 

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E vocês? Quais são as mulheres que te inspiram? 

Love, Nina :)